segunda-feira, 28 de março de 2011

Mulheres se organizam para combater cantadas de rua

Grupos de mulheres estão se organizando para combater atos de assédio sexual sofridos nas ruas - de assobios e cantadas a insinuações e ações físicas inapropriadas.

Uma das iniciativas partiu da britânica Vicky Simister, que fundou o Anti-Street Harassment UK ("Grã-Bretanha contra o assédio nas ruas") depois de ter sido perseguida nas ruas de Londres por um grupo de homens que se insinuou sexualmente para ela.

O grupo internacional Hollaback! (http://ldn.ihollaback.org/) está estimulando as vítimas das cantadas indesejadas em todo o mundo a relatar suas histórias online e identificar os locais onde elas ocorreram. Algumas até postam fotos dos homens "inconvenientes".

"As mulheres são aconselhadas a ignorar (as insinuações), e não costumamos falar a respeito. Em consequência, esses homens continuam a fazer isso e a cada vez mais passar dos limites", disse Simister à repórter Brigitt Hauck, da BBC News.

As ativistas alegam que é difícil distinguir quais homens se limitarão aos assobios dos que de fato podem ir além das cantadas e evoluir para a violência sexual. E que, ao mesmo tempo em que muito foi feito para coibir o assédio sexual no ambiente de trabalho, há poucas formas de proteger as mulheres nas ruas.

"Isso deriva de uma cultura de gênero baseada na violência", alega Emily May, a fundadora do Hollaback!. "Para mudá-la, é preciso que as pessoas reajam e digam que o assédio nas ruas não é legal, porque a maioria das pessoas não quer que ele ocorra."

Comportamento

Para a socióloga Kathrin Zippel, professora associada da Universidade Northeastern (EUA) e pesquisadora do tema, as cantadas nas ruas são vistas, em geral, como um comportamento natural dos homens.

Estes, por sua vez, usam as cantadas para atestar sua masculinidade e se "provar" perante seus amigos. "Muitas vezes isso não diz respeito às mulheres, e sim a uma dinâmica entre homens", ela afirma.

Alguns países promoveram iniciativas para tentar combater as insinuações inconvenientes. Nos EUA, alguns campi universitários foram equipados com mais postes de iluminação e telefones de emergência, para as mulheres que caminham durante a noite.

Índia e Japão destacaram vagões de metrô para serem ocupados apenas por mulheres. Mas críticos dizem que a medida tem efeitos temporários e insuficientes.

"Acho que essa segregação pública é problemática", diz Zippel. "No curto prazo, pode ser uma boa solução, mas as mulheres que acabarem entrando nos vagões mistos - onde haverá menos delas - acabarão sofrendo ainda mais assédio."

Holly Kearl, fundadora do site Stopstreetharassment.com ("Chega de assédio nas ruas"), sugere que organizações obtenham dados sobre as ocorrências para, então, pensar como agir. Ela pede a adesão dos homens que também se opõem às cantadas nas ruas.

"Precisamos da adesão dos homens. Na nossa sociedade é muito fácil que as mulheres sejam vistas como objetos, então é importante que eles se lembrem de que cada mulher assediada é mãe, irmã ou filha de algum deles, é alguém que merece respeito", diz Kearl.

Disponível em: http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/03/28/mulheres-se-organizam-para-combater-cantadas-de-rua.jhtm

segunda-feira, 21 de março de 2011

Mulheres em Pauta - Informativo da SPM

Acesse o informativo nº 70, de 21/03/2011, Ano VII, da SPM em:
http://200.130.7.5/informativo2/informativo2/informativo8.asp?edicao=70

BOA LEITURA!

Curso gratuito: Democracia e Gênero no Legislativo Municipal

Divulgamos o Curso Democracia e Gênero no Legislativo Municipal que o IBAM realiza, na modalidade de Educação a Distância, com o apoio do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Democracia - UNDEF e do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher - UNIFEM.

O Curso é oferecido gratuitamente e está voltado prioritariamente para agentes políticos, homens e mulheres, de todo o país que tenham interesse em incidir sobre o Legislativo Municipal, em especial, Vereadores, Vereadoras, assessores parlamentares, candidatas, militantes filiados/as a partidos políticos. No folheto eletrônico, em anexo, encaminhamos informações completas sobre o Curso cujas inscrições se encerram no dia 25 de março.

Nos colocamos a disposição para quaisquer informações (tel.: 2536-9753, Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Social - DES ou 2536-9751, Programa Gênero e Políticas Públicas) Desejamos a toda equipe uma gestão de excelentes resultados para a redução das desigualdades de gênero.

Atenciosamente,

Alexandre C. de Albuquerque Santos
Superintendente Instituto Brasileiro
de Administração Municipal - IBAM
Largo IBAM, nº 1 - Humaitá - RJ
Tel.:55 21 2536.9750
Fax.:55 21 2537.5043

quarta-feira, 9 de março de 2011

Cuidado com os filhos e a casa força segunda jornada de trabalho e diminui renda das mulheres

Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil


Brasília – A má distribuição de tarefas entre homens e mulheres em casa e no cuidado com os filhos é apontada como fator limitante para inserção das mulheres no mercado de trabalho, em carreiras com melhor remuneração.

“As mulheres não entram em condições de igualdade com os homens no mercado de trabalho por causa da dupla jornada que exercem e não são remuneradas por conta de cuidados com os filhos, com a casa e, com as pessoas doentes e, às vezes, até com com o trabalho comunitário”, aponta Eliana Gra& ccedil;a (foto), assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e voluntária do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea).

“A responsabilidade dupla das mulheres acaba fazendo com que ela se insira de forma mais precária no mercado de trabalho; contribuindo decisivamente para que as famílias chefiadas por elas estejam mais presentes na pobreza do que as famílias chefiadas por homens”, complementa a economista Luana Simões Pinheiro, do In stituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Luana pondera, no entanto, que a inserção precária no mercado de trabalho não se deve apenas ao domínio masculino e a ações descriminatórias do mercado. “Essa questão se reproduz pelos homens e pelas mulheres. É uma questão de dois lados. Não tem só víti mas, mocinhos e bandidos nessa história. Todo mundo reproduz no cotidiano”, enfatiza ao lembrar que “as meninas nascem ganhando um kit cozinha, com panelinhas, e os meninos ganhando um carrão de brinquedo, que incentiva a velocidade a não ter medo, a ter coragem”.

O sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Gustavo Venturi destaca que todo fenômeno de dominação e opressão só ocorre porque aqueles que têm um papel subalterno assumem valores do grupo dominante. “Muitas mulheres contribuem para a reprodução dessa cultura machista, ainda que sofram fortemente suas consequências”, avalia.

Venturi coordenou a pesquisa Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, feita para a Fundação Perseu Abramo (ligada ao PT) para o Serviço Social do Comércio (Sesc), na qual 30% dos homens se declararam machistas (4% “muito machistas”).

A pesquisa recentemente divulgada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (aplicada em agosto de 2010) foi comparada a outro estudo semelhante de 2001. Para Venturi, no intervalo de nove anos, foram poucas as mudanças no “consenso” de que são as mulheres que devem cuidar dos filhos desde a primeira infância. De lá para cá, cresceu de 27,3% para 35,2% o número de famílias chefiadas por mulheres segundo dados do Instituto de Estudos do Trabalho e da Sociedade (Iets).

Eliana Graça, do Cfemea e do Inesc, aponta que as políticas públicas que foram criadas pelo governo federal nesse período, como o Programa Bolsa Família, mantém o preconceito de que o cuidado com os filhos é responsabilidade exclusiva das mães. Noventa e três por cento dos cartões do prog rama são em nome das mulheres. “Assim, o programa cristaliza o papel da mulher que nós estamos acostumados: o papel da mãe cuidadora”.

Edição: Lílian Beraldo


veja mais em http://www.feminismo.org.br

terça-feira, 8 de março de 2011

Muito além da folia, uma reflexão sobre o dia internacional da mulher

08/03/2011 - 10:01
Mário Marques de Almeida


Esta terça-feira (8), para muita gente é apenas mais um dia de carnaval e de folia, porém é hoje que se comemora o Dia Internacional da Mulher - fato que deve oportunizar a reflexão sobre as conquistas obtidas pelas pessoas do sexo feminino, lembrando também que, em várias partes mais conturbadas do mundo, elas continuam oprimidas e submetidas à servidão imposta por sociedades atrasadas e machistas. Sujeitas à barbárie e atrocidades covardes derivadas de interpretações religiosas esquizofrênicas e tresloucadas.

Já no Brasil, apesar dos avanços representados pela Lei Maria da Penha, que combate e pune os crimes de violência doméstica, a mulher ainda é vítima da intolerância e preconceito. Atualmente, é fato, bem menos do que antes.

Todavia, essa busca pela igualdade social, política e econômica por parte das mulheres não pode jamais arrefecer enquanto luta permanente. E que precisa contar com o apoio e o engajamento dos homens de mente mais aberta e esclarecida, capazes de ver a mulher como parceira e não como subalterna. Ou simples objeto sexual. Ou uma doméstica barata, de baixo custo, para pilotar o fogão e o tanque de roupa, se exaurindo nas tarefas da casa e nos cuidados com os filhos e com o próprio companheiro.

O alerta é pertinente, porque os ventos do atraso e da intolerância racial e de sexo ainda se fazem presentes, inclusive soprados por parte de autoridades que deveriam zelar, defender e aplicar a legislação que pune os maus tratos físicos e a humilhação psicológica e moral motivadas por questões de gênero.

Um caso típico desse odioso preconceito foi protagonizado recentemente - pasmem! - por um juiz brasileiro que, ao deixar de punir um agressor de uma mulher, ainda considerou ser "diabólica" a Lei Maria da Penha.

Esse magistrado, com a concepção jurídica distorcida que possui, não faria feio no Irã e em outras regiões nas quais as mulheres são apedrejadas ou enforcadas porque, rejeitadas ou insatisfeitas com a união conjugal - no mais das vezes, forçadas por seus pais, que escolhem os maridos para as filhas -, procuram manter relações sexuais fora do casamento, mesmo que viúvas! Conforme é a situação desumana vivenciada pela iraniana Sakineh, martirizada em vida em uma masmorra de seu país.

Quanto ao Brasil, uma forma de não deixar que o retrocesso prospere, sobretudo na cabeça e sentenças de juízes e eventuais julgadores propensos a considerar a violência contra a mulher como uma questão natural e parte da cultura de submissão à qual elas devem seguir - e obedecer - cegamente, sem direito a retrucar, é manter vigilância permanente. A par com o repúdio - a exemplo do que, ainda que modestamente, faço agora - mais veemente aos espasmos de todos quantos consideram, erroneamente, a mulher como um ser inferior.

Quando ela é igual a todos nós homens.


Mário Marques de Almeida é jornalista. www.paginaunica.com.br E-mail: mario@paginaunica.com.br

Postado em: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?edt=47&id=163293

Cuiabá é recordista na aplicação da Lei Maria da Penha, mas violência ainda assusta - EXPRESSOMT - A notícia em primeira mão

Cuiabá é a cidade do Brasil onde há maior aplicabilidade da Lei Maria da Penha segundo declarou hoje (08/03/2011)


Dia Internacional da Mulher, a farmacêutica bioquímica Maria da Penha, ao ser entrevistada por Ana Maria Braga, no Programa Mais Você, da TV Globo.

O dado apresentado pela mulher que deu origem à Lei Maria da Penha deve ser comemorado. Porém, ainda é preciso avançar muito mais na repressão à violência contra a mulher. Agressões e assassinatos continuam ocorrendo, mesmo o agressor sabendo que lei está muito mais rigorosa. Em Mato Grosso, por exemplo, duas mulheres morrem em 12 horas, entre domingo e segunda-feira (06 e 07).

No bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande, Célia Regina Escapanário foi encontrada morta dentro de casa. Ela estava caída no chão e há indícios de que tenha sido envenenada. Na noite de domingo (6), Doraci Paula de Oliveira foi assassinada a tiros.

A Lei Maria da Penha, sancionada pelo presidente Lula em 2004, criou mecanismos mais efetivos contra homens violentos. No programa Mais Você, Maria da Penha ainda orientou os primeiros passos para denunciar violência doméstica (aquela que acontece dentro da casa, praticadas por maridos, amantes, namorados, filhos e filhas): primeiro ligar para o 190 que deve realizar o flagrante e registrar o Boletim de Ocorrências. Se em seguida o homem for solto, o próximo passo é ligar para o 180 – Central de Atendimento à Mulher.

Quem deseja manter contatos com Maria da Penha ou tirar dúvidas e encaminhar informações sobre violência contra a mulher, o endereço é contato@institutomariadapenha.org.br.
 
Disponível em: http://www.expressomt.com.br/noticia.asp?cod=124704&codDep=3
Em: 8/3/2011 - 11:54

Homenagem à Mulher

Palestra da Gleisi Hoffmann no Bella Itália - dia 11/3/2011, 19h

sexta-feira, 4 de março de 2011

Convite para o XII Encontro Dia Internacional da Mulher - Medianeira-PR

Para este encontro o Conselho conseguiu, através da Presidenta Sandra Fagundes e das conselheiras Jeneffer e Dina da SMAS, que a Prefeitura disponibilizasse um ônibus para que as conselheiras e demais lideranças  femininas de Foz possam participar deste evento, que é gratuito. As interessadas devem se inscrever até dia 7 de março de 2011, através do telefone constante no cartaz abaixo, para garantir o almoço também gratuito.

Após realizar a sua inscrição, entrar em contato com a Presidenta do Conselho Sandra Fagundes ou a conselheira Paula Padilha (3521-8165, das 8h às 14h ou e-mail paulavilela@ig.com.br) para passar o nome completo e RG, garantindo assim a sua vaga no ônibus para Medianeira.

O ônibus sairá da frente do prédia da Prefeitura, em horário a combinar. Fiquem atentas.

Visita às obras do CRAM/Foz

As conselheiras Paula Padilha, Nila Leite e Angelita Correa, que formam a comissão aprovada na última reunião do dia 23.02.2011, para visitar as obras do Centro de Referência para Atendimento à Mulher em Situção de Violência - CRAM/Foz, estiveram no local no dia 2 de março de 2011, e observaram o andamento da construção, que tem previsão para ser entregue no mês de maio deste mesmo ano.

Verificou-se a necessidade de entrar em contato com o Secretário Municipal de Assistência Social para solicitar alguns ajustes na obra, aproveitando que ainda há tempo hábil para tais inclusões.

Placa da obra do CRAM.

Fachada principal.

Varandão lateral.

Corredor central que deverá ter jardins internos.

Conselheiras Nila, Paula e Angelita (da esquerda para a direita).

Paula e Nila com o Engenheiro responsável pela obra.

Curso gratuito: Mulher e Participação Política

A Universidade Livre Feminista oferece gratuitamente e online curso sobre Mulher e Participação Política.

Este curso é uma iniciativa do Fórum de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres - SPM e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Pnud.

O curso é dirigido à formação de lideranças femininas para a participação político partidária, contribuindo assim, para corrigir a sub-representação das mulheres no Parlamento e no Poder Executivo brasileiros.

Increva-se!
http://nota10.org.br/curso/